quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Aiuruoca: Luz x Sublimação

          No Sul de Minas, perto de Caxambu, tem uma cidade pequena de tamanho e grande de expressão, chamada Aiuruoca, que na língua indígena significa casa do papagaio
Airuoca é considerada uma “cidade sagrada”, segundo a Eubiose, que lhe atribui o nome de “Caverna da Luz”, derivado do nome místico “Ajur Loca”. O entendimento mais imediato dessa expressão, segundo meu entendimento, é de que a caverna é o local escuro de onde emana a luz, que leva ao conhecimento. Ela é uma das sete cidades que compõem o sistema geográfico sul mineiro, com sede em São Lourenço.
Além disso, a tônica de Aiuruoca é a sublimação, que na ciência é a transformação física que ocorre com a naftalina e o gelo seco, que vão do sólido para o gasoso sem passar pelo estado líquido. A psicologia também trata da sublimação, como uma dificuldade (defesa) que necessita ser superada, ocorrendo sempre um ganho. O sentido dessa tônica de sublimação relativa à Aiuruoca, o salto para o nível superior é espiritual, portanto interior, ou seja, é algo sutil na mesma proporção de sua profundidade.
Foi de Aiuruoca que recebi o jornal “Casa do Papagaio”, editado atualmente por Vânia da Cunha e criado tempos atrás pelo seu pai José Luis da Cunha. Desenvolver um veículo de comunicação dentro de uma comunidade é um ato de cidadania muito importante, porque ele enfatiza a importância das pessoas, demonstrando a vitalidade daqueles que fazem a vida valer a pena. Com o jornal os moradores são valorizados e a cidade recebe a consideração que lhe é de direito.
Sem dúvida a pessoa mais proeminente da cidade é o Dr. Julinho, que presidiu a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, foi Secretário de Saúde da cidade do Rio de Janeiro, secretário de Planejamento MS do Governo Itamar Franco, além de ter publicado muitos livros e de possuir um vasto currículo. Mas, também, quem não conhece Isis Valverde? Junto a essas pessoas tem mais outras, cada uma com seu valor (sem nos preocupar em comparar) e a elas se junta Vânia Cunha, que enfrentou um câncer de mama e aprendeu o duro caminho (como sempre é) da sublimação. De forma bem diferente, mas igualmente intenso, eu também já recebi de Aiuruoca esse “empurrãozinho”  para a vida.
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