Observe como você gasta seu dinheiro. Gasta muito?
É pão-duro para dar presente, ou é pão-duro quando se trata de comprar alguma
coisa para si? Existem padrões mais sutis que parecem não ter nenhum significado,
como: “meu dinheiro não dá pra nada”, “cada vez sobra mais mês no meu salário”,
brincadeiras à parte, sua vida financeira pode ser uma montanha russa de pouca
subida e muita descida. Caso você já trabalhe há algum tempo, pergunte-se o que
melhorou no seu padrão de vida, ou você continua tendo que “lutar” pela
sobrevivência do mesmo jeito de sempre.
Existem também as histórias de quem já teve
dinheiro e perdeu tudo, porque foi passado pra traz, porque o governo mudou as
regras, porque aconteceu uma enxurrada, ou ... qualquer outro motivo,
aparentemente alheio à sua vontade, mas que volta a ter tudo com você diante da
pergunta: por que você estava naquela posição, naquele momento? Neste grupo,
podemos incluir as promessas que nunca se cumpriram, desde passar num concurso
público até aquele ótimo emprego que não saiu.
O que ia acontecer e não aconteceu foram também as
possibilidades de um bom casamento, a promessa de ter uma casa, uma família e
todos os sonhos que foram se evaporando com o passar dos anos. No final das
contas, a vida ficou bem difícil com tanta frustração, dor, tristeza e a falta
de perspectiva gera baixa autoestima e doenças perigosas. No mínimo, com esse
peso todo, a sua vida será muito triste.
Até quando isso vai durar?
A única solução seria nascer de novo?
Quase isso, mas se você considerar que para nascer
de novo não é preciso morrer. Aliás, eu sempre acho que a gente vive muitas
vidas em uma só.
Comece pela questão do dinheiro e recorde como isso
era tratado na sua infância. Ter ou não ter dinheiro indica um estilo de vida,
mas a definição principal é o modelo de dinheiro adotado na sua casa. Por
exemplo: “mãe quero ir ao macdonalds”: não enche o saco. Não tenho dinheiro. Lá
vem você ... Estou guardando dinheiro para te levar na Disney, será que não
chega? E lá vai você com o rabo entre as pernas como se tivesse cometido um
grande erro.
Existem as frases de adulto para adulto que te
respingam (te sujam): “nesta casa eu tenho que bancar tudo”, “ninguém me ajuda
em nada”. Até mesmo aquelas que são aparentemente mais filosóficas, como: “a
vida é uma luta constante pela sobrevivência”, “para sobreviver tenho que matar
um leão por dia”.
Com essa pancadaria toda acho que já deu pra
entender como é construído o modelo de dinheiro/realização juntamente como o
modelo de afeto. Quanto mais você se lembrar, mais poderá desfazer essas
argolas de ferro que o prendem a uma situação que não é sua (ela é de quem o
criou). Você viverá suas próprias situações, que poderão ser repetições burras
do que lhe aconteceu, ou não - pelo amor de Deus, não fique perpetuando isso
para seus filhos.
Anote num papel toda essas situações passadas , com
persistência você vai descobrir os modelos que lhe foram “ensinados”. Faça isso
vários dias e depois de cada “seção” diga em voz alta: “Esses padrões foram
vividos na minha infância, eles não são meus, eu posso viver em liberdade, sou
feliz, me realizo. Posso ter dinheiro. Eu tenho dinheiro.” As afirmações devem
ser ditas no presente, como um estado de espírito interno.
O seu mundo interior cria o mundo exterior. São os
sentimentos íntimos que o dirigem para novas aventuras, para novas
possibilidades. Porém se dentro de você existe receio e dúvida, não se
arriscará a tomar nenhuma atitude, somente porque isso representa quebrar um
padrão interno que você desconhece, mas que precisa ser quebrado. Os movimentos
da vida ocorrem a partir dos pensamentos, que geram sentimentos que nos leva a
agir e então obtemos os resultados, como frutos do que temos internamente.
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