quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Toda comparação é uma mentira (2)


Amigos, recebi dois e-mails comentando o texto “Toda comparação é uma mentira”, com colaborações muito interessante que estou passando adiante. Acho que essas pessoas se sentiram mais à vontade falando comigo diretamente. Obrigado, fiquei bem satisfeito.

1º E-mail:
     “OI, querido, ai que delícia de email que bota a gente para refletir...
sim concordo, as comparações, além de tudo, são muito injustas, visto que cada um tem a sua história. Mas como fica o "progresso" nisso tudo? Para analisarmos o progresso inevitavelmente temos de comparar? Toda a comparação é realmente uma forma de mentira? Ou é a forma como usamos a comparação que cria o tumulto? Por exemplo: se eu comparo um tijolo a outro, posso dizer que ele é maior ou menor, mais ou menos resistente e assim essa comparação não é mentira.
     Acho que nem toda comparação é mentira, mas quase toda pode ser uma armadilha.
     Um beijo grande”

2º E-mail:
(...) “Uma coisa é o Juízo de fato: as coisas são como são (como no caso da comparação de um tijolo com outro). E outra coisa é o Juízo de valor, que é a sua opinião sobre as coisas, ou seja, aqui entra a questão da intenção de sua comparação, que pode ser depreciativa.”

Resposta:
Gostei muito da substituição da palavra “mentira” por “armadilha”, traduziu diretinho à idéia que estou querendo discutir. Acho também que a entrada em cena do conceito de juízo de fato e de valor esclarecem a diferença entre uma coisa e outra.
O meu interesse em entender essa questão mais a fundo tem aumentado e tenho observado mais como as pessoas usam as comparações em suas vidas. Já recebi a resposta de que a comparação é só uma referência sem maior importância, mas também já ouvi dizer que o valor que se atribui às coisas, está relacionado com o grau de espiritualidade de cada um.  
Até o momento já entendi que a questão principal é o hábito de comparar o seu valor no mundo. Com certeza isso reflete grande necessidade de amadurecimento, pois é a necessidade de saber se é bem ou mal desejado no grupo que leva a se certificar disso o tempo todo.

2 comentários:

  1. A comparação é inevitável. Usamos como ferramenta de amparo, de audácia, de escárnio, de alívio, de motivação, enfim, somos seres humanos e acostumados à luz do outro, até porque, não conseguimos nos ver plenamente. Somos mero reflexo; é o outro que nos olha e vê. Daí, tanta comparação, tanto desperdício de talento. Mas, quando a comparação vem para subsidiar, embasar escolhas, aí sim é saudável e pertinente. Comparar é vida. Está aqui, presente e atenta. Afinal, se conseguirmos usá-la somente a nosso favor, não seremos mais um. SUCESSO.

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  2. Diante de tudo que li,textos e comentários, só enriqueceram o entendimento e a busca eterna por um caminho ao meio - equilíbrio.

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