sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Você tem dúvidas ... ainda bem


 Se você fosse somente certeza eu não sei se gostaria de ser seu amigo. Você estaria sem vitalidade ou talvez fosse somente um passado. Para ser presente, é preciso perguntar, se interessar, indignar-se e querer saber o que vem depois.
Estamos sozinhos no universo? Minha amiga Bete acabou de me perguntar. E eu perguntei a ela: Quando é o seu aniversário? Assim a gente se encontra falando do que não sabemos. Respondendo por um minuto para respirar e perguntar mais sobre a vida – e aí, tudo bem?
Imagina só que solidão deve viver o “sabe tudo”
Somos seres que se perguntam quem somos. A dúvida não é uma doença para ser curada, ao contrário, é uma abertura para a riqueza, com certeza para uma riqueza inesgotável do universo que é o conhecimento.
Gostou? Diga então: qual é a sua dúvida de hoje?
“Entre nesta roda, diga uma dúvida e pode ir-se embora” ...

13 comentários:

  1. Quanto mais leio sobre o que não sei e domino, mais me questiono sobre as respostas que encontro. Não há como me distanciar das dúvidas, pois sou um grão de areia na praia da vida, e encontrar respostas é tão avassalador quanto descobrir-se um ser diante da diversidade das escolhas da vida.
    Um beijo de sua amiga Bete.

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  2. Tô em dúvida sobre qual dúvida devo escrever primeiro.
    Hummm, vamos lá. Quando vou definir minhas prioridades do dia, começa a primeira dúvida: "qual é a prioridade?" "EU? Pessoal?" "Casa | organização?" "Trabalhos q tenho q finalizar?"

    Se eu vou arrumar a casa, fico pensando no trabalho q ta pendente.
    Se eu vou pro computador trabalhar e deixo tudo pra depois, fico pensando na bagunça q me cerca, na gata q tenho q cuidar...
    Se eu vou cuidar de mim, fico pensando: isso não vai pagar minhas contas. Aí deixo as unhas pra lá, o cabelo pra lá e vou pro computador. Mas aí eu fico mal pq eu to ficando "embagulhada"!!!
    Mas se eu der prioridade a mim, penso q to deixando o trabalho pra depois.
    Aí o telefone toca com cliente pressionando pra ficar tudo pronto no prazo, ao passo que me liga, também, uma amiga doida q, a cada mês, vomita uma ideia nova de negócio na minha cabeça.
    Enquanto isso, minha mãe faz drama mexicano pq eu não fui vê-la (ela não vem me ver).
    Ao mesmo tempo, o namorido, super-criativo, parece q se formou na mesma escola q a amiga doida: uma ideia nova atrás da outra. [detalhe: e o q parece é q nem a primeira q tiveram na vida foi executada!]...

    Enquanto isso, eu aqui, que não defino minhas prioridades por causa das dúvidas, fico ki nem papel n'água, tomando caixote e soltando borbolhas.

    glub glub glub

    me afogando em dúvidas.
    Na dúvida, resolvi gritar aqui!

    socooorroooooooo!!
    quem inventou o ponto de interrogação????!?!!

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  3. Me tira uma dúvida?
    A dúvida tem o poder de travar as pessoas?

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  4. Oi Bete, recebi por e-mail, um poema de Fernando Pessoa, que segundo o remetente está em concordância com essa conversar sobre o mar de dúvidas. Eu achei muito adequado, principalmente a última frase. Veja se te agrada:
    " Quero ignorado
    Quero ignorado, e calmo
    Por ignorado, e próprio
    Por calmo, encher meus dias
    De não querer mais deles.

    Aos que a riqueza toca / O ouro irrita a pele.

    Aos que a fama bafeja / Embacia-se a vida

    Aos que a felicidade / É sol, virá a noite

    Mas ao que nada espera / Tudo que vem é grato.

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  5. Glub glub glub
    URGENTE !!! Não se afogue.
    Pegue um papel e anote o que fazer.
    Siga uma agenda
    Prepare o seu dia com uma boa meditação.
    Você não precisa ir a lugar nenhuma,
    Mas precisa ficar bem onde você está.
    Se quiser ir em frente, prepare seu caminho. Se você não tiver um rumo, não vai a nehum lugar.

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  6. Abayomi, eu já lhe perguntei o que faria se encontrasse um urso? Praticamente não há nada o que fazer, devido à sua ferocidade.
    - Diante dessa questão o cérebro para tudo e tenta resolver a questão, que é de vida ou morte.
    - Quando nos fazemos uma pergunta dramática, ou um monte de perguntas sem ouvir a resposta, como acontece com a pessoa do comentário anterior, que está se afogando, a situação parece de vida ou morte.
    - Mas não é e, portanto, a resposta fica estranha parecendo sem sentido
    - Para resolver uma grande questão, como uma grande caminhada, é melhor dividi-la em etapas, com hora para dormir, se alimentar e avançar

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  7. Na verdade , Julio, sempre tento me refinar com as experiências do viver. Cada pessoa me ensina o melhor que consigo perceber dela, e o que me distancia me traz a certeza que somos universos únicos, e é completamente impossível estarmos na mesma sintonia, pois pulsamos com verdades próprias e incontáveis...Acho que a chave é o livre arbítrio: ele é um acelerador ou amortecedor. Não sabemos ainda utilizá-lo.
    Enfim, estou engatinhando.
    Beijos.
    Bete

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  8. Amiga Bete, continue escrevendo porque você está enriquecendo este blog. Conto com você.
    - Concordo com você e vou acrescentar um ponto que acho que complementa. É que mesmo com todo livre aberto, que acho tb que precisamos entender melhor e mesmo cada um sendo um universo, estamos todos intrinsecamente interligados.
    - Estou lendo um livro que fala um pouco sobre essas ligaçôes, citando experiências feitas em laboratório. "A realização espontânea do desejo", Deepack Choppra.
    - Também já ouvi sobre isso numa palestra do prof. da USP Laércio da Fonseca.
    - No final das contas o assunto tá na onda e com certeza precisamos aprender mais sobre ele.
    Bjs e obrigado

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  9. Minhas dúvidas estão a cada dia mais esparsas pois estou lendo os ensinamentos budistas como este tão simples:

    Pense sobre a morte e a impermanência por bastante tempo. Quando estiver certo de que vai morrer, não vai mais achar difícil abandonar as ações prejudiciais e fazer o que é certo.

    Depois disso, medite por bastante tempo sobre o amor e a compaixão. Quando o amor preencher o seu coração você não vai mais achar difícil agir para o benefício dos outros.

    Em seguida, medite por muito tempo sobre a vacuidade, o estado natural de todos os fenômenos. Quando você compreender totalmente a vacuidade, não vai mais achar difícil dissipar todas as delusões.

    Potowa Rinchen Sal (1027-1105)

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  10. Bonito, muito bonito. Mas se esse é o ensinamento simples, não sei o que vai acontecer quando chegarem os mais complexos.
    - Ainda bem que ele coloca sempre "quando ...", porque, por enquanto, vou me questionando e alimentando minhas dúvidas para reduzir minha burrice.
    Abraços e obrigado

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  11. Gostaria muito de me alimentar desses ensinamentos também, mas minha natureza é efervescente, múltipla e compartimentada. Costumo dizer que minha personalidade é formada de várias Betes, e todas muito complexas, com seus universos particulares,e assimétricos.
    E meu grande desafio é entender e aceitar essa pluralidade...Uma gosta de silêncio, meditação, leitura; a outra de burburinho, dança, gente, carnaval; uma outra de brincar com crianças, conversar com idosos, acariciar cães e gatos; e mais outra que se distancia de tudo e vive seu mundo todo próprio, olhando o ceu, com saudade de algo que está tão longe, inacessível que o seu alimento é a leitura sobre universos paralelos, astronomia, física quântica, bioenergética etc.
    E minha sorte é não fugir de nenhuma delas.
    Por isso, Julio, estou engatinhando ainda, mas tb tentando achar um caminho equilibrado.
    Bjs.
    Bete

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  12. - Uma das minhas leituras preferidas é "O Poder do Agora" de Eckhart Toole, que começa o livro falando pra gente observar o pensamento. O que vale dizer, observar quem criou estas tantas Betes. Foi você? Ou "algo" anterior a você?
    - Segundo ele, o mal da humanidade está ligado à essa submissão ao pensamento - ele diz assim: "acreditamos que deixaríamos de existir se parássemos de pensar..."(p.25)
    - Pensar o tempo todo e criar realidades o tempo todo está intimamente ligado. Você concorda? Entender isso e aplicar na vida fez uma diferença fundamental na minha vida.

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  13. È, não sei Júlio... essas verdades são caminhos, que são e podem ser compartilhados...Custei a entender essa pluralidade amistosa que me espraia, e o mais importante, não me incomodar com críticas a esse respeito. Ou seja, acho que consegui uma lamparina para me guiar, por isso fui vislumbrando outras características de minha capacidade adaptativa. Enfim, somos o que pensamos, por isso existimos.
    beijos,
    Bete,

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